AUSÊNCIA
Eu quero fazer dos teus olhos
A paisagem constante do meu mundo.
De um segundo teu,
Todas as minhas horas.
Mas, as minhas mãos,
Estão vazias sem o teu rosto.
Os meus lábios secam por falta dos teus.
Eu quero fazer dos teus beijos
O constante, o dia-dia,
O cotidiano do meu viver.
Mas, o meu corpo está vazio do teu corpo.
Mas, o meu tempo está vazio da tua presença.
É seca e árdua a minha vida sem te ter.
Sem ti, enche-se de êxtase o meu ser, e adoece.
Palpita o meu coração e dilacera
Inflama minha alma de infinitos desejos
E de profundos carinhos e me detenho.
Detenho minhas mãos no espaço
Porque elas estão vazias sem o teu rosto.
Detenho o meu olhar no tempo,
Porque estou vazia sem o teu olhar.
Detenho o meu impulso de abraçar, de beijar,
Só porque tu não estás!