Quimeras

Quando a saudade me pega

Entre um mate e outro

A alma volta pra dentro

Como a me pedir pousada.

Depois de andar madrugadas

Buscando a paz do galpão

Fez parceira a solidão

Na claridade das brasas.

Trago num mate, esperanças

De não mais viver solito

E ter num rancho posteiro

Uma china companheira.

Doce, cheirosa e faceira

Como uma flor na primavera

Que todas tardes me espera

Com um sorriso na porteira.

E na imensidão do campo

Onde o horizonte se finda

Contemplar um fim de tarde

Sorvendo um mate a dois.

Vamos deixar pra depois

As preocupações da vida

Nos corações dar guarida

P’ras quimeras que virão.