A COR DO SONO

É quente a cor do sono,

bagagem feita pra outro dia

na espera de encontrar

um nome inscrito, ou um desalento.

É quente a cor do sono

nas frias cartas suicidas.

Silêncio chega em fragmentos

e se afoga em convulsões.

É quente a cor do sono

a regar flor de nostalgia.

O tempo tenta em vão tirar

da pedra o nome de papel.

É quente a cor do sono

do ser que se consuma no segredo,

de um doce acorde super-sônico,

das virgens que apodrecem no meu seio.

Alexandre Magno
Enviado por Alexandre Magno em 27/05/2008
Reeditado em 28/05/2008
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