Amar.
Amar que beira a dor,
É risca em lágrima.
Que beira os olhos,
Vai embora.
Escorre face,
Salgada.
É o acordar sozinho,
E caminhar tranqüilo,
Porem sem a mínima tranqüilidade,
É verdade? É saudade?
É o amargo que sobra,
Na boca de um fumante,
Vicio.
Há de aparecer em mim,
A força que jamais provei,
E em meu proveito, faça luz.
Se pouco enxergo, se me falta confiança,
A distância, prova do teu sabor,
Que é azedo.
O que é meu? O que é redor?
Eu sei tão pouco de amar,
Tão pouco de poesia,
Me falta em vida, e é sobra em folhas de papel,
Será que espero demais? Que sou tão ingênuo?
E através hei de ver,
Que encontre dentro da sombra,
A sobra de luz,
E me faça maior.