Gota perversa

Do oceano em que me revia

Sobrou só uma água de nada

Visita-me ela todo o dia

Perversa maldosa e salgada

Não serve para a sede matar

Mas antes salga a minha vida

Não parando de gotejar

Faz com que a sinta mais sofrida

Primeiro brilha dolorosa

depois em queda copiosa

domina todo o meu querer

Ofusca-me pois esta água

Gota-forma da minha mágoa

Matiz salgada do meu ser

Pagan
Enviado por Pagan em 02/02/2006
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