Medo do medo
Que medo da morte e o viver sem sentido,
Das luas vazias, das chuvas, dos ventos,
De em tua lembrança eu não ter existido,
De não te alcançarem os meus pensamentos,
Do dia seguinte e da noite passada,
Da monotonia que já me persegue.
De só sentir culpa e de estar sufocada,
De não merecer nem sequer que te entregues.
E medo do medo da desesperança,
De ficar sozinha no meu universo.
De não ter dançado contigo essa dança,
De desaprender a fazer o meu verso...