MENINO ABANDONADO!
Jogado a própria sorte
Fugindo até mesmo da morte
Na perna, um pequeno corte
Seguia, ele pro norte...
Menino desamparado
Tão novo e abandonado
Em silêncio, apavorado
Seguia, ele calado...
Nunca sentiu amor
Na vida só dissabor
Querendo sentir valor
Mas o que sentia, era rancor...
Batendo de porta em porta
Com ele ninguém se importa
Pedia um pão, um pedaço de torta
Mas saia sem resposta...
Á noite observando a lua
Que ilumina sua pele nua
A voz seca e crua
Seu lar é mesmo a rua.
AUTOR: JAIRO D.de ÁVILA.