Canção do Meu Exílio

Minha terra não tem palmeiras

Nem o nefasto sábia canta

As aves aqui não gorjeiam,

Pois suas vozes já se calaram.

Este céu mais sombrio

Minha terra não há bosques

O deserto os tomou

Nela houve um holocausto

Não há mais vidas

Meus olhos pensam sozinhos

Mais desgosto eu encontro

A claridade aqui não passa

A vida cá é uma preciosidade

E o tesouro é a sanidade

Já servida aos montes está a agonia.

Nos lagos não há mais vida

As águas são salgadas

Pelas lagrimas de saudades,

Sonhos destruídos e amores

Que morreram afogados.

Aqui aonde as horas não vão além

O tempo para

As sombras me odeiam

Quando tento fugir, morro...

Mariélle Freitas
Enviado por Mariélle Freitas em 27/07/2008
Reeditado em 03/09/2010
Código do texto: T1100223
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