Buscando o Que Já Há

De manhã cedo em despertar

Ao olhar no espelho

Buscando um valor mais profundo

Só vejo em resposta meu olhar

Durante o dia ao me estressar

Suplico um momento sem medo

Imploro por algo mais seguro

Mas só arrasto o meu pesar

Durante o almoço ao descansar

Procuro por alguém belo

Um ser com algo menos mudo

Mas só encontro o meu andar

À tarde em um “amargar”

Peço tudo que eu quero

Retenho o nada por um segundo

Só o que sobra é o meu sonhar

Á noite ao invés de relaxar

Rejeito meu ser repleto

Grito por dentro num feio urro

Oh, como é fácil me ignorar!

Pela madrugada sem me cobrar

Revejo algo mais sincero

Encontro-me com o meu mundo

Ah, como é triste ter de acordar!