Tristeza profunda
Tristeza que minha alma invadi
Lentamente anda dentro de mim
Tristeza que não tem pressa de partir
Com intenção de me consumir
Arrancando o pouco que já me fez sorrir
Tristeza que me faz refletir
Se essa mesma tristeza terá fim
Tristeza que em mim se harmoniza
Que em minha esperança se asila
Tornando-se parte de mim
Tristeza que veio sem causa aparente
Hostilizou-me rapidamente
É apenas o que restou de outras muitas tristezas
Que em outros tempos atou-me completamente
Dominando meu ser minha mente
Tristeza com o tempo força adquiriu
Esperou fragilidade e agiu
Novamente minha vida invadiu
Derramar-se em minha alma consegui
Sem piedade novo sonho destruiu
Tristeza indivisível
Deixou-me muito mais sensível
Tristeza incomensurável
Que me tortura inexorável
Acreditando ser formidável
Ah! Tristeza do infinito!
Que torna meu mundo no mais aflito
Que me arranca o desejo mais profundo
Que destrói qualquer saudade do mundo
O deixando tristonho e mudo
Tristeza que aumenta ao ver a realidade
Dessa toda imensidade
Tristeza que amarga o coração
Agindo como se fosse dócil
A verdadeira dona da razão