Aria a Céus Sem Lua

Aria a Céus Sem Lua

"your love tonight is mine"

(The Mission U.K.)

I

Por tantas eras essa marca

grava feridas em meu peito,

Por tantos luares soa o pranto

que hei de por anos cantar;

Onde três vultos convulsos se esapalham

Derramando tinta vermelha e langue...

Que enxuta, se fixa como sangue

Dentro dos olhos que terror amortalham.

Com uma melodia andante

Que se inebria em tristeza

Afogo as vis alegrias

Em jazidas saudades.

Onde olhos meus hai de acalçar

Se já distante não vejo o mar?

Os horizontes tranformaram-se em sombras...

( - Às três da tarde no dia três...)

Triangulos escalênos puidos

De poeira cósmica do inferno

Prendem céus que pendem chamas,

Os olhares são lagos rasos.

Sou o lobo vestido de chacal,

Entre os cães corro pela carniça

Matando os deuses já mortos;

- A violência é sintoma da ingnorância.

II

"E ainda assim, eu te amo."

Os céus são negros e sem lua,

O peito é chama insensata,

Despido, encontra carne crua

E afoga à gritos a tocatta.

Entre "hirens" molho o orvalho

E cubro febril o sereno da noite

Que de ósculos se formou;

- As estrelas estão caidas no chão.

Um pêndulo se faz no prisma

E na alma um machado...

Os uivos cortam constantes o breu.

A queda é a redenção...

E a fiél amante, a solidão

Espera-me de abraços abertos.

As asas são de fogo!

Em três por três e semi-colcheia

Sonoroso choro ressoa à meianoite,

Assim finda a trágica manhã.

R Duccini
Enviado por R Duccini em 06/10/2008
Reeditado em 06/10/2008
Código do texto: T1214223