BARQUINHO

Ao encontrar-te, convidei-te
para fazermos uma viagem impossível
em um  barquinho de papel:
Eram as fantasias do nosso encontro!
 
O barquinho era muito leve - como
deveria ser nossa paixão -
igual  a brisa riscado num papel;
tão solto consoante um navio em alto mar,
assim deveria ser nossa breve paixão.
 
Doei-me por completo
de coração aberto e levemente nua,
sentia seu abraço e seu corpo,
embora estivéssemos distantes.
 
A tua paixão era feita
de um barquinho de papel
e logo que caiu a primeira chuva
a paixão se foi e desmoronou...
 
Não havia paixão e sequer amor!

(Graciela da Cunha)

13/10/08