“Perdido”
Olha eu aqui...
Aqui, neste canto parado
Olha eu aqui...
Mancebo jogado, largado
O tempo urge
Vai passando, passando
Olha eu aqui...
Ninguém me vê
A chuva cai, lentamente molha meu corpo
Molha a rua vazia, rua de Paulo, de Maria
Cá estou eu sozinho no canto
Calado no canto, na chuva em pranto.
A rua é minha, suavemente minha
O brilho da lua também é meu
Já não vivo, sou pensamento perdido no vento
Perdido no tempo, jogado ao relento.