Morte a utopia

Morte á utopia

Em teu olhar a luz morria

Num silêncio de cinzas e agonia.

Um véu de brumas cobria-lhe a

Retina, junto minha imagem

Desertava do espelho.

Do meu vestido preto voavam

Corvos em disparada. Na insanidade

Das horas em que tudo estava inerte.

Baixar á sepultura todas as lembranças

E a frieza de teu corpo se expandido

Na madrugada descrente, deixava-me

Taciturna.

Sem mais gestos ou expressões ante

A caótica verdade, nosso amor em

Ambrósia se esculpia, lápide que

Encerra a felicidade, a utopia.