Medo

Remexe minha mente, me atormenta,

Medo de tudo que vai, de tudo vem.

De tudo que sai, de tudo que entra.

Medo do que não vejo,

Medo da minha imaginação

da tristeza, da morte, da solidão,

Medo que chega e que fica,

faz barulho, faz sombra,

geme dentro de mim e futrica...

Medo que faz meu coração gelar,

Minhas pernas tremerem

Minha expressão se modificar,

Medo do que não vi, apenas do que senti,

Do inexistente, mais que minha insanidade

Em profundo delirio me faz acreditar...

Medo que me provoca suores

e ao mesmo tempo frio intenso

Que me assombra, me tira a fome, o sono.

É medo do mundo, do bandido, do ladrão

Também dos políticos insanos a governar

Do salário miserável, da infração.

É medo da minha própria mão

Que se arma para me proteger

Quede de medo pode matar,

E de medo pode morrer...

Cleuza Fernandes
Enviado por Cleuza Fernandes em 21/12/2008
Reeditado em 31/01/2009
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