O CHORO DO TEMPO
As chuvas da minha rua
Caem como pingos de lágrimas,
Molhando minha tristeza.
Com o céu por desabar
Sobre o telhado molhado,
Vejo os respingos de saudade
Escorrendo por um chão sem chão,
Até se perderem em outras águas,
Levando o que ainda resta da tua ausência.
Vejo os dias cinzentos
Chorando minhas mágoas,
Em lágrimas de solidão.
O sol, amargurado e envergonhado,
Esquiva-se por entre nuvens,
Por ter perdido o teu brilho.