EPÍTÁFIO

EPITÁFIO

Por estreitos vales

Onde a luz não encontra

Abrigo, nem o tigre

Atreve-se a entrar,

Abandonei minhas dores!

No sepulcro onde não há

Epitáfio, cova funda,

Onde urram os fantasmas,

Enterrei o meu vazio!

Na lama negra da floresta,

Onde o húmus predomina,

Atirei minhas últimas gotas

De lágrimas que na face

Escorriam!

Ora vos direis que tudo

No amor suportei.

Morri de paixões e volúpias

Fugazes, portei-me como

Uma vampira ao beber o sangue

Das amarguras em trevas

Profundas.

Mas vos deixo um recado a

Sorrir:

Renasci hoje, augusto

Dia. Despertei qual

Estrela matutina e vou amar

Novamente,

Por toda a minha vida!