Onde estás, inspiração?

Em total estagnação

Apática, e sem esperança

Vejo-me numa rede que balança

Pra lá... prá cá... Imensa é minha solidão

Nada me ocorre.

Penso... penso... Em vão

Por onde andas, inspiração?

Ando em tua perseguição

Para um soneto ou algo assim

Porquê foges de mim?

Caminho até a janela

Pego lápis e papel

Fitando o horizonte, o azul do céu

O pensamento se faz de sentinela

Sinto-me envergonhada

Por não escrever novamente

Não há poesia, não há mais nada

Só um Ser, calado e dormente

Triste e emudecida

Vou ficando por aqui

Sinto muito, gente querida

Meus versos se foram sem eu sentir

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