É o sol, é a estrada, é o tempo, são os pés no chão.

Eu vi o menino parado

Há muito tempo

Sentado ao pé do início daquele caminho

Eu pus os meus olhos nos seus pés inchados

Mas jamais os notei

O sol ainda castiga na estrada onde nuca foi rei

Eu vi a mulher indignada com outra pessoa

E nada mudou desde que me deparei com aquela briga

A vida e seu contraste coma morte

A lição mais dura que a vida ensinou

O sol ainda não brilha na estrada, mas não a deixou

E esta fraqueza me leva a chorar

Esta fraqueza é minha

Por isso é que penso, as vezes, em parar

Por isso essa dor tamanha

Já tenho cabelos brancos, mas não sou artista

O tempo não existe, no entanto sempre permanece

Aqueles que correm do jogo

Tem medo do fogo da desilusão

É o sol, é a estrada, é o tempo, são os pés no chão.

Marcos Sodré
Enviado por Marcos Sodré em 12/03/2009
Reeditado em 10/01/2012
Código do texto: T1482556
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