APELO

Na exuberante candura

da natureza pura,

o canto dolente

de uma rolinha tímida,

numa apoteose de delicadeza,

graça e singeleza,

soa ao ouvido da gente,

que imagina o que ela sente,

como um pedido de socorro

por perceber que agora

a beleza de outrora

mudou tanto.

Por isso ela chora

transformando seu canto

em pranto,

qual apelo profundo

em nome do mundo.

Magali Cunha
Enviado por Magali Cunha em 05/04/2009
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