Estrelas.
Tristeza brutal que agarra firme em minhas entranhas,
rasga-se em ansiedade e beira o desespero.
Quem dera hoje fosse capaz de entoar cantos à felicidade,
e sem lamúrias ou mal-dizer perdoar (sobretudo a quem vejo no espelho).
E figuras há muito inanimadas fulgissem em verdades e não mais em tórpida solidão.
Hoje já não me preenche a visão de cores, rubros-violantes e azuis “corDeCéu”(que a muito prevalece em cinza “luto”).
Quem dera fosse um dia como tantos outros, de esperanças e sonhos, um dia virtuoso(cheio de novas aventuras).
E que essa ira quem em muito prejudica (essencialmente a mim) fosse embora com a brisa noturna sem tocar ninguém.
Quem dera o amor não abandona-se meu coração(ainda que apenas por hoje).
E que pudesse vislumbrar nas estrelas o futuro, sem esquecer jamais da contradição de ler o futuro nas mais claras marcas do passado.(as estrelas).
Quem dera hoje fosse capaz,como fui ontem de não apiedar-me de meus passos tortos, e de cabeça erguida lutar pelo amanhã.
Nesse dia dorido em nada pude ir além (nem em sonhos como faço sempre).