Estrelas.

Tristeza brutal que agarra firme em minhas entranhas,

rasga-se em ansiedade e beira o desespero.

Quem dera hoje fosse capaz de entoar cantos à felicidade,

e sem lamúrias ou mal-dizer perdoar (sobretudo a quem vejo no espelho).

E figuras há muito inanimadas fulgissem em verdades e não mais em tórpida solidão.

Hoje já não me preenche a visão de cores, rubros-violantes e azuis “corDeCéu”(que a muito prevalece em cinza “luto”).

Quem dera fosse um dia como tantos outros, de esperanças e sonhos, um dia virtuoso(cheio de novas aventuras).

E que essa ira quem em muito prejudica (essencialmente a mim) fosse embora com a brisa noturna sem tocar ninguém.

Quem dera o amor não abandona-se meu coração(ainda que apenas por hoje).

E que pudesse vislumbrar nas estrelas o futuro, sem esquecer jamais da contradição de ler o futuro nas mais claras marcas do passado.(as estrelas).

Quem dera hoje fosse capaz,como fui ontem de não apiedar-me de meus passos tortos, e de cabeça erguida lutar pelo amanhã.

Nesse dia dorido em nada pude ir além (nem em sonhos como faço sempre).

Leo Magno Mauricio
Enviado por Leo Magno Mauricio em 07/04/2009
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