Desabafar Poético - XXXIII - Poesia

Não quero fartar mais o desabafar,

Anseio antes o silêncio... O Nada

De todos os olhos atentos

E ouvidos que esperam maremotos.

Pinto a madrugada em sangue

Espalhando as cinzas do amanhecer

Enquanto teus olhos de horizonte

Brindam a vida em poesia...

Poesia, querida amante inebriada

Que vem sempre sentar-te no seio

Quando os fogos de Nero ousam abater!

Aonde estás tu dama devassa?

Beijaste minha boca na penumbra

E depois, esvaeceu minha solidão...

Folha verde de natureza morta,

Isto não é real! Apenas sombra

De um espelho evocado Arte.

Tinta, pigmento, pintura...

Lágrima de cor escura

Que cai da langue saudosa, coração!

Aonde estão tuas mãos, Poesia?

Grande senhora revolta em maestria

Significado da sintaxe de todo meu ser.

R Duccini
Enviado por R Duccini em 18/04/2009
Reeditado em 22/04/2009
Código do texto: T1545914