Elegia primeira
Acordei!
Nunca tivera me sentido assim desde o meu início (ou do meu fim?)
Estava espantado, nervoso com tudo que se passava em mim, no meu mundo
Aquele era realmente meu mundo desde o meu inicio, de onde nem sabia onde era
Era tudo meio a meio
Meio um era o que eu acha que estava
Meio dois era o que vinha de mim: extraterreno
Terreno? Nem saberia o que significara isso até hoje
O novo me assustou!
Mesmo com todas as mudanças ao meu lado estaria normalmente medicado
Tinha luz, tinha fibra, tinha laço!
Laço de quem nem saberia indicar que existia, mas existia fielmente
Eu estava acostumado com mudanças
Todo dia batiam no meu mundo, algumas vezes luzes vinham...
Não queria saber o que significariam todas essas coisas vindo e indo
Não tinha sentimentos poucos, tinha tudo que me era necessário!
Mas um dia desses todo o meu espaço estava diminuindo
Acontecia de formas periódicas, mas estava me acostumando
O meu costume era cada dia mais festejado, ouvia sons de gritos e choros
Eu fazia isso, mas muito calmamente! Eu batia para me libertar!
Queria me libertar, mas não naquele momento!
Tudo estava pacificamente bem, estava alegre pela minha alma jovem!
Cada dia ela aprendia mais coisas, cada dia eu crescia mais
Algo muito maior me deixava crescer e eu estava quase pronto, mas não queria!
Tudo que tivera me formado, me dado inicio estava ao meu lado!
Era uma briga imensa, reações e reações tiveram que sair de mim:
Matei-os um por um; tive que conseguir meu espaço
Mas eu não queria estar ocupar tanto, eu queria deixa-los viver, mas não deixavam...
Não deixe - gritava a minha natureza!
Eu não fazia nada era ela a culpada, não era eu!
Não me faça culpado por nada!
As coisas eram para ser assim e eu sabia, mas queria modifica-las
Tudo que me rodeada conspirara por mim
Tudo DEFINITIVAMENTE!
Eu era apenas inerte a cada situação nova que me proporcionavam
Eu ficara bem forte, eu tinha saúde, eu tinha a mais importante: Paz!
Mas naquela manhã tudo foi feito para tirar a paz de mim
Meu espaço estava doentio, vazava choros para todo o lado
Pensavam que eu era inconsciente, mas foi assim que me fizeram
Sabiam, todos de um vez só, que eu era alguma coisa no meio de tantas outras
O meu espaço chorava e não podia fazer nada além de ficar ali parado, estático
Queria me mover e me movia mais, mas não queria
Era a minha natureza que mandava eu fazer aquilo
Era mais uma vez um simples coitado solitário; era eu somente, eu, apenas, eu!
Meu universo sempre se movia muito, mas, muitas vezes, ficava horas parado
Eu gostava muito (gosto ainda), pois podia me mover livremente!
Movia até onde eu conseguia, era o meu momento
Mas muitas vezes interrompiam-me: queriam saber de mim!
Mas quem eram essas coisas tão curiosas?
Perguntava pra minha natureza o que era isso!
Mas ela não me respondia nada, mas sempre tivemos grandes comunicações
Mas sempre que induzia essa pergunta nunca existia resposta...
Desde do meu inicio tudo era nada, nada era tudo, mas eu existia!
Um dia saberia que eu estava naquele lugar, com tudo conspirando para que estivesse!
Era eu, sem saber de nada, mas eu existiria em algum lugar; lugar não esperado!
TUDO que viesse seria importante seria bem, faria o melhor de qualquer forma!
Aquele era o meu universo!
Tudo que passava dele parecia infinito, aquelas vozes agourentas pareciam estar no fim
Fim era infinito? Infinito era Tudo? Tudo era fim? Fim era Nada? Nada era Tudo?
TU-DO NA-DA; TU-NA DA-DO; EVERYTHING NOTHING! EVERY-NO THING-THING
Pronto!
Senti que aquela seria a hora, claro, a natureza me falou
Preparei-me para o que viria a acontecer; estava como no inicio, no meu inicio:
Eu estava e isso me bastava, me bastava até o fim de todo o meu mundo;
Meu mundo iria acabar!
E TUDO que eu construí? Estará onde? Apenas em mim, e isso me deixava em paz...
O nada tivera sido meu e eu estava com ele em mim; ainda bem que não estava...
Não gostava de ter muitas coisas ao meu lado, pois saberia que elas tinham que ir...
Mas mesmo assim eu tive o MEU tudo e ele estava em mim!
Mas mesmo assim eu tive o meu NADA e ele se perpetuará em mim!
Mas mesmo assim eu tive a minha NATUREZA e ela iria se separar de mim...
Mas mesmo assim eu tive o meu MUNDO e ele iria se acabar!
Sabia que eu estava ali, mas teria que sair; nem tudo é como se espera...
Estava preparado para qualquer obstáculo, estava preparado para mim mesmo!
Esperava apenas para ver o que viria a acontecer!
A natureza também estava me preparando...
Conhecia cada coisinha diferente que acontecia em mim
Cada novo bichinho que cruzava a minha visão tinha que conversar para descobri-lo
Conversava muito com todos que me rodeavam, tinha um sentimento de felicidade
Eu era deles; Eles eram de mim! E nós vivíamos como um só mundo: o nosso!
And I need you now, somehow! And I need you now!
Gritava de todas as formas e o nosso mundo não estava conspirando comigo
Eu me sentia muito só, mas a natureza tivera me falado isso antes
Eles teriam que me abandonar, pois eu não era daquele mundo: era um invasor!
Toda o meu inicio foi feito ao se completar
Fui o vencedor de muitas coisas, fui aceito em muitas coisas, fui o meu próprio êxtase
Nada seria mais importante pra mim que o instante que se passava na minha frente
Eu era doce e me experimentava; tive minha própria experiência comigo mesmo!
Éramos muito íntimos, eu, eu e a natureza!
Fazíamos em um só; éramos muito sós
Mas nós bastávamos e estávamos livres:
A qualquer momento tirariam a nossa liberdade, esperava a natureza do eu
De repente, um luz intrigante estava chegando perto de mim
Estava preparado! Aquela seria a minha hora
Dei adeus ao nosso mundo e fiz força para não ser mais livre
Segui tudo que a natureza mandou fazer; aquela foi a nossa ultima vez juntos
A luz diminuiu novamente e pensei:
“ E agora estou escravo? Tudo passou?”
Enganei-me, tolo de mim, o pior estaria para acontecer
Mas eu e eu estávamos lá, em um só; a natureza diria o caminho
Novamente a luz chegou a minha visão, mas essa vez foi mais intenso
Fiz força, queria sair da minha liberdade, queria ser escravo do novo mundo de frente
O mundo que pensava que era o infinito!
Queria ser escravo do infinito! Do Tudo e do Nada ao mesmo tempo! Queria o meu fim!
Mais força fiz, mas algo me pegou
Algo estava me pegando.
Nunca tinha sentido aquilo antes: nunca tinha sido escravo!
Estavam me pegando para se algo que eu nunca fui na minha terna vida!
Fizeram mais força, e me pegam com uma força descomunal
Tive muito medo de perder o nosso mundo, mas já estava perdendo
As coisas estavam saindo dos seus lugares: estava me mexendo!
Algo mais forte estava me impulsionando para a luz...
Que luz tão clara seria aquela? O que é isso que está acontecendo comigo? ...
Eram tantos sentimentos que fiquei com medo de ficar indisposto de ver tudo aquilo
Mas estava indo...
Aquelas coisas davam algumas paradas, pois eu estava preso em algum amigo meu...
Os amigos do nosso mundo não me falavam nada apenas estavam comigo
E aquilo me completava! Me dava bastante força para continuar!
O nosso mundo estava acabando...
Eu, eu, a natureza, os meus amigo bichos, os meu amigos que passavam por mim:
O NOSSO MUNDO!
...
..
.
Era uma mistura de fim e começo, liberdade e escravidão!
Muitos amigos tiveram saído e nunca mais voltaram...
Mas nós, a natureza unida, estávamos com ele onde ele estivesse!
Éramos todo o conjunto, vivo ou não, estável ou não, mas em equilíbrio!
A luz era exponencial, doía cada vez que passava
Minha visão estava desacostumada com o todo novo que de mim se seguia
Era minha missão, mas era triste, mas doía, mas me consumia mais e mais!
Mas era minha!
Puxava-me!
Mexia-me!
Balançava-me
Contorcia-me!
Não sentia mais nada, e isso foi importante
Só assim pude estar comigo mesmo
Eu e eu fomos cada vez mais fortes a cada ponto que nós cruzávamos!
Pudemos ser nós mesmos sem medo, sem máscaras, pudemos viver um pouco mais!
A luz piorou mais, e essa foi a primeira dor que senti...
Dor e dor de não conseguir observar o que me passava!
Fui infeliz naquele momento de dor, pensei que estava preparado
Não sabia nem o que era dor! Aprendi agora...
Algo muito claro me puxou
Tinha um aspecto liso, e me puxou...
Estava saindo do nosso mundo para outro que nem sabia o que existira
Estava pleno e não sabia...
A luz chegou ao seu extremo!
Sai do mundo.
Quando sai alguns amigos meus me acompanharam e choraram...
Caíram e estava sem eles.
A minha primeira reação foi gritar:
Gritei de dor! Muita dor me cercava por completo!
Estava em uma posição extremamente desconfortável, tive a minha segunda dor!
Gritava muito, doía muito estar naquele lugar ali!
E tudo doía de uma forma descomunal!
Gritava muito, chorava muito (aprendi a liberar amigos)
Mas tudo era novo e isso foi a minha primeira experiência de antivida!
De repente, vi a minha Deusa, mas sentia muita dor!
Sentia muita dor e observava a minha deusa!
Gritava muito, doía muito, chorava muito, mas a minha deusa estava lá!
Ela era o meu infinito, era a minha deusa de dores e vida!
Quando fui me adaptando àquela luz intensa pude ver também meu outro refugio
A natureza estava lá também!
Fiquei mais calmo quando vi a deusa e a natureza!
Estava em paz...
O quê?
Que é isso?
Tiraram alguma coisa minha! Tiraram a minha DEUSA!
Como posso viver?
Minha terceira dor, e cheguei a conclusão que queriam me matar
Tiraram de onde veio todo meu crescimento, tiraram a minha deusa!
Aquilo era a única coisa que emanava do meu ser, o único vinculo com o nosso mundo
Dor de perder tudo que construí com o nosso antigo mundo! A deusa me ligava a ele...
Antes de saí do mundo, pensara que a deusa nos ligaria para sempre
E foi isso que me deu maior impulso de descobrir o que viria além mais
Se soubesse que seria assim...
Se soubesse que seria assim...
Lembrei dos meus amigos que saíram, e agora era eu!
Nunca voltaria mais sem a deusa comigo!
Seria mais um amigo sem volta...
Seria mais um amigo morto do nosso mundo...
Mas, lembrei-me, que a natureza estava comigo
E ela me ajudaria no que fazer
Mas aquelas coisas me cercavam de uma forma que fiquei como medo:
Farão o que fiz com todo o espaço que eu tinha, vão me comer!
Estava ficando sem vida, sem algo que me fizesse fazer alguma coisa
A natureza suplicou pra que procurasse algum meio de ficar sem a deusa
A natureza suplicou pra que procurasse vida em mim mesmo
Eu me mexia e tinha medo; procurava algo pra fazer, algo que suprisse a natureza
Foi quando, em uma das cavidades de mim mesmo, fiz força
Involuntariamente algo entrou em mim
Minha quarta dor
Doeu de morrer!
Preferiria morrer a sentir o que senti a ver aquilo entrar no meu eu
Entrou em todas as minhas veias, eletronegativamente
Entrou em cada cavidade existente em mim
Doeu, doeu, doeu...
Era algo que a natureza mandava eu ingerir, mandava eu sobreviver!
SOBRE-VIVÊNCIA! VIVÊNCIA-SOBRE! SOBREVIVÊNCIA!
Estava conseguindo pensar sem a deusa...
Estava vivendo com todas as dores em mim vivendo!
Era dicotômica a cena vista:
A dor aumentava e a vida aumentava!
A cada passo de vida era mais um passo de dor...
Não saberia que era tão difícil assim sair do MEU mundo...
A dor é minha: Eu tenho a minha dor!
E ela serve para me manter vivo a cada passo que chego: viver
Éramos felizes no NOSSO mundo, mas agora o mundo é meu
Eu os obtive e me faço necessário!
Tudo aqui é muito doloroso: para ver é necessário doer
As QUATRO dores me fizeram agora assim
Sou triste e forte, escravo do acaso!
Vivo sem a deusa, vivo por mim mesmo
O meu mundo agora estava desperdiçado, apenas
O nosso foi-se, há de ir...
Observei os antigos amigos chorando, saindo para a sua morte como eu
Escolhi a minha morte, perdi tudo que foi um dia meu
A natureza estava comigo, apenas.
Eu me tinha, eu também tinha a mim
Éramos três desconhecidos no mundo novo
Tínhamos vivido bons momentos juntos, mas estávamos no antigo nosso MUNDO
Tínhamos amigos diferentes, tínhamos a nós mesmos!
E estávamos em um universo infinito totalmente diferente
Mas que o instinto da horda se fazia pioneiro: eram todos iguais, era tudo igual
Diferentemente de seres que se faziam antes no MEU antigo mundo
Gritei de dores, chorei por perder tudo que tinha feito, senti coisas novas
O melhor era que continuava comigo mesmo
Tinha a mim, de qualquer forma, que me fazia mais forte!
Era mais forte comigo mesmo, senti frio e foi a mim que eu encontrei para sentir bem!
Depois de dores, conhecimentos premeditados e descobertas novas, me levaram
Não sabia o que era aquelas coisas com um negocio todo claro envolvendo-os
Levaram-me a outra coisa que me pegou de uma forma que me senti protegido
Senti-me realmente protegido! Parecia a deusa só que de forma estranha, difícil!
Fiquei lá e adormeci...
.
.
.
Sono!
Despertar!
Sono!
Despertar!
Fim
Fim
Fim??!!
Fim, simplesmente...
Era livre e não sabia!
Tinha a diferença em minhas VEIAS!
Foi um despertar novo de um sono eterno!
Era nosso que nem sabia...
Era de tarde, aproximadamente 14:15
De metade de Julho do bi oito
Onde Câncer ascendeu em Sagitário
Era apenas uma tarde do universo imaginário infinito
Era a tarde do fim do nosso mundo, amigos diferentes! natureza diferente...
TUDO era realmente NADA
E a NATUREZA era o que simplificaria as nossas almas
De seres, apenas seres, constituintes!
Era o fim da vida, nascimento de outra
NAS-CI-MEN-TO
Éramos de nossa primeira forma
Éramos nada e tudo nos planos reais
Nascimento
Fim/Vida
Nada\Tudo
Nascimento