Tristeza de uma Alma

Ó, minha pobre alma!

Há quanto tempo tu esperas;

Sem jamais encontrar calma

Para fugir destas mazelas?

Quanto tempo mais nesta carne fria

Estarás contida e sem paz?

Esperando pelo fatal dia

Que a livrará desta dor voraz.

Neste mundo és massacrada

E não podes se defender;

Por fortes laços estás atada

Difícil é se mexer.

Te corrompes facilmente

neste mundo de ilusão,

E em ti está a semente

De toda a material podridão.

Tu te tornas a cada dia

Mais enferma, mais indócil;

Só a liberdade lhe traria

O remédio no devido cantil.

Ó, Minha doce Alma, seja forte!

Resista, com mansidão,

A este profundo corte

Que é chamado desilusão.

FernandoNogueira
Enviado por FernandoNogueira em 10/05/2009
Reeditado em 15/05/2009
Código do texto: T1586688
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