MURMÚRIOS DE LIBERTAÇÃO...
Sei a dor
De quem não come,
Da presença que some...
Do amor que se acaba, vira fumaça
Esvoaça...
Sei a dor
Da solidão que queima como brasa
Deixando os olhos sem visão...
Da amizade que se acaba
Ainda existindo afeição...
Sei a dor
Da rejeição
De a vida dizer sempre não...
Das lutas sem recompensa
Da esperança em vão...
Sei a dor
Da alma que dói do corpo que se destrói
Porque o sorriso se foi...
Da alegria perdida
Por quem passa pela vida com a alma ferida...
Sei todas as dores da vida!...
E a angustiosa indagação domina:
- Por que tanto amor essa dor não termina?...
Fica sombra presa “na retina nos meus olhos pagãos”
Deixando em mim murmúrios lastimosos de libertação?!...