Precipitação
Precipitação
Levanta-se uma brisa fria
E precipita-se a chuva
Um duche frio de dor
Sobre todos os telhados vivos.
Por cima o céu se fecha
Remessando relâmpagos em fúria
E toda a alma perdura ás escuras
Deixando apenas sombras que se espalham pelo chão
Pensamentos afogados no passado.
Cai o peso de toda a realidade
Dando mais força ao vento
Que se esbarra feroz
Nas barreiras que levantamos á nossa volta
E bate as janelas abertas, com força
Partindo-as em pedaços de desanimo e lágrimas.
Sensação impotente num estado de ser
Neste clima que nos envolve.
O tempo e ríspido e vagaroso
Todos minutos agora demoram
Temos tempo para nos interrogar
Se seremos o mesmo quando a tempestade passar?