Na solidão da chuva percebo minha vida mal vivida

Nesses dias de chuva

Sempre tenho uma nostalgia

Uma saudade de uma época que não vivi,

Ao menos não aqui

Não sei de onde vem

Não sei se sinto falta de alguém

É meio esquisito, mas acho que é mais que isto.

Não é saudade de amor que partiu

Não é a falta do amor que não surgiu

É algo assim,

Mais referente a mim

Quem sabe seja uma saudade

Da minha vida passada

Quando me sentia uma pessoa amada

Não sou infeliz, ao contrário

tenho tudo que preciso diante de meu nariz

O que está mais longe está dentro do armário

Mas que fazer,

Fico sem entender

Mas então vem o sol,

Eu paro de pensar e volto a trabalhar

Por mais que demore

Um dia chove, e vem então

Aquela sensação, que esse não é o meu lugar

É difícil explicar, mas quando chove

tenho a impressão, que estou no teatro

e em meio ao ato, sou convidado

a participar do espetáculo.

Num lapso, me dou conta

Que a história que se desenrola

As vezes comédia, as vezes tragédia

É a simplória, representação do que está na minha memória

Fico paralisado pelo impacto

Da revelação que no espetáculo da minha vida!

Enquanto atores estão no palco, eu fico na platéia

Essa é a maior tragédia, que se pode imaginar

A vida passando diante de seus olhos e você parado no mesmo lugar

Começo a chorar pelo tempo que perdi

Então vem o sol, e eu paro de pensar

E volto a trabalhar.

Sem nada fazer para mudar

Até que chove e eu volto a lastimar

A minha sorte,

Fico apenas ao aguardo da morte.

Marlon S Lopes
Enviado por Marlon S Lopes em 11/07/2009
Reeditado em 11/07/2009
Código do texto: T1693758
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