Abandono

Em destêrro meu ser vaga

sob um céu de cinzas,sem lua

e em oculto no extremo

duma estrada,em noite

calada,choro a mágoa

e meu luto.

pois o lume abstrato

que luzia minha alma

converteu-se em fogo-fátuo

inflamando em seu subleito

de eterna calma.

E na penumbra da noite

ao acaso caminho,

moroso em meus passos

e em desalinho,ao

dispor do destino

renego o ar.

Sem meu amor

sou menino que

perdeu-se do lar.

Acho-me num deserto

no qual peregrino em busca

do portal que irá me transpor

ao mundo vivo dos que já se foram.

Busco a morte para que nela

eu reencontre a vivacidade

de meu suspenso enlace de amor.

Ezequiel
Enviado por Ezequiel em 05/06/2006
Reeditado em 12/06/2006
Código do texto: T169976