MENINO DE RUA

Apareceu um menino

no olhar, mágoa represada

badalando como um sino

no grito da dor surrada.

Pobre, da rua inquilino,

mas banido da calçada!

Um cão, surge como um hino,

parte o pão, é camarada.

Junto aos grandes, o pequeno,

como uma flor desfolhada,

tal qual encosto, é veneno,

o menino da calçada.

Vem buscar-lhe a arrogância

enquadrando o pequenino

por orgulho e por ganância

mata o cão, prende o menino.

A velha Moral da História

vai dizendo (que horroroso!!)

e gravando na memória:

- O cão é mais amoroso!

Dáguima Verônica de Oliveira
Enviado por Dáguima Verônica de Oliveira em 13/08/2009
Reeditado em 13/08/2009
Código do texto: T1752448