MENINO DE RUA
Apareceu um menino
no olhar, mágoa represada
badalando como um sino
no grito da dor surrada.
Pobre, da rua inquilino,
mas banido da calçada!
Um cão, surge como um hino,
parte o pão, é camarada.
Junto aos grandes, o pequeno,
como uma flor desfolhada,
tal qual encosto, é veneno,
o menino da calçada.
Vem buscar-lhe a arrogância
enquadrando o pequenino
por orgulho e por ganância
mata o cão, prende o menino.
A velha Moral da História
vai dizendo (que horroroso!!)
e gravando na memória:
- O cão é mais amoroso!