Dias incertos

Os dias andam distantes

da minha janela.

Perdem-se sem abrigo,

escondem-se aflitos.

Canso de guardá-los

entre minhas lembranças

e escorrem pelos dedos

como fumaça...

Em meus sonhos,

ouço lamentos, choromingos,

e me desprendo dos assuntos.

Dias longos, dias curtos,

sem afeição se pronunciam,

esquecem de cuidar dos desmotivados.

Em vão se alerta minha imaginação:

dias que não trazem o perdão.

E eu aqui, otimista,

a espiar pela janela

esperando uma nova visão.

São Paulo, 17 de julho de 2009.

Marcela de Baumont
Enviado por Marcela de Baumont em 21/08/2009
Código do texto: T1766701
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