A Morte da Esperança

Os ventos da incerteza estremeceram

os imponentes pilares da razão

E os sublimes sentidos

converteram-se em inúteis suposições

Desbotaram-se as cores do horizonte

Enegreceu-se o inevitável limite

O sorriso de criança foi sepultado no mar do esquecimento

E as cicatrizes profundas ocuparam o lugar da fé

No peito, a dor do abandono aumenta...

A chuva é ácida; o sol doentio

Os campos são vastos em desolação

A terra, estéril, vem renegando o desejo à flor

O todo, lentamente, vai sendo tragado pelo nada

A noite não mais trás o sono

O descanso permanece apenas na lembrança

O brilho da lua só existe em livros fechados

A paz deixou de ser vivida

No peito, a dor do abandono aumenta...

Assim morre a esperança!

Juarez Florintino Dias Filho

Juarez Florintino Dias Filho
Enviado por Juarez Florintino Dias Filho em 08/09/2009
Código do texto: T1798741