Seus braços parecem asas

Sombria,a noite inquieta

Pela rua deserta e

Pairando por entre calçadas,

Sumindo de fendas e frestas

Se vinha esgueirando aquela malvada!

Os barulhos noturnos

Soavam bem àquele momento

Nem a chuva nem o vento,

Tão comumente taciturnos,

Tornavam mais melancólico o tormento.

Enfim,pressinto a chegada!

A Intrusa,visita sem hora marcada

Adentra e a mim surpreende:

E como se um só fôssemos

Ela a meu triste corpo se prende...

Num ruflar de suas asas

Tão logo eu irei embora,

Sem o corpo cansado,mas

A alma inspirada

Levado serei por aquela Senhora!

lilcandi bisser
Enviado por lilcandi bisser em 25/06/2006
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