Seus braços parecem asas
Sombria,a noite inquieta
Pela rua deserta e
Pairando por entre calçadas,
Sumindo de fendas e frestas
Se vinha esgueirando aquela malvada!
Os barulhos noturnos
Soavam bem àquele momento
Nem a chuva nem o vento,
Tão comumente taciturnos,
Tornavam mais melancólico o tormento.
Enfim,pressinto a chegada!
A Intrusa,visita sem hora marcada
Adentra e a mim surpreende:
E como se um só fôssemos
Ela a meu triste corpo se prende...
Num ruflar de suas asas
Tão logo eu irei embora,
Sem o corpo cansado,mas
A alma inspirada
Levado serei por aquela Senhora!