A GOTA D’ÁGUA

A GOTA D’ÁGUA

Imersa num atlântico oceano,

Pacificamente, eu não indico,

Mas não avisto um ártico plano.

Sou a adversidade dos afluentes

- Soltas correntes, atiradas no mar,

Onda que se quebra, ao se lançar!

Sou a gota d’água dos sonhos

Que ficaram à deriva – e só!

Ivone Alves SOL

*******************INTERAÇÕES************************

MEU CAIS

Vertem os meus olhos o sal dos sete mares

Sem o acalanto dos teus olhos

Dos teus olhares

E na solidão em que navego

Em meu barco sem norte

Basta-me um farol

Basta-me um poente

Um nascente

Uma réstia de sol

Para que eu me aporte em teu cais

Prenda as minhas amarras

E não volte a navegar

Jamais!

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PATO NOVO NÃO MERGULHA FUNDO

Hoje estou pacífico apesar de dizerem que há mar morto.

Mas não é esse agora o caso, Senhora.

Tudo será pequeno

se não se colocar num plano inferior para receber.

Vejam só!

Filetes, afluentes rios...

Todos formados por ínfimas gotas...

Que nunca sobem...

Só correm e descem...

E quem estava lá ao final para recebê-las?

No início um grande abismo...

formando o maior véu de noiva...

Abissal Atlântico ártico antártico índico,

até o pacífico mar morto...

onde nem as lagrimas hão de afogar...

Resumindo...

Serei eu o mar que diante esta gota

ajoelha-se para recebê-la...

Não só as palavras tem profundidade.

Eu te abracei oh gota.....

Rs t.

Obrigada aos meus dois queridíssimos pela interação. Dêem-me um Saveiro e sairei mar a dentro em vossas companhias. Amplexos com meu carinho!!!