Até eu não poder mais te ver (2006)
Sobrevou as árvores
sem medo de cair
nos pântanos de lágrimas,
ai de quem me retrair.
Mato vidas
a cada passo que dou
no asfalto seco da cidade,
fale daquilo que sou!
Sentimentos que seguem no breu
e fogem de mim,
fogem do meu coração
entre pessoas aparentimente
felizes que ficam
sentado nos degraus de escola,
no toco de árvores do parque,
em cima de nossa cidade...
Lá estou como uma sombra sintilante
escurecendo corações.
Ninguém me toca,
ninguém ouve meus cordões,
apenas me confudem.
Estico os braços,
mas só sinto o frio do seu corpo
que vai esquentando a medida que se afasta de mim
até eu não poder mais te ver....