DOR

Dor que dói

Subjuga corpo e alma

Desafia a mansidão

Degenera a calma

Cúmplice de um nervo

Chamejante

Enleva sentimentos

Subtrai a seiva

Erigi sofrimentos

Ó dor dilacerante!

Foge de mim

Ser errante

Consente indulgência

A esse corpo lancinante.

Máquina servente

Nem sempre rutilante

Mas eficaz provisão

De um ser parente.

Esvoaça graça que veio a mim

Augúrio do que não sei definir

Suaviza a vida, dor doente

Transmigra, deixa-me sorrir!

Parece triste esse momento

Mas nele encontro alento

As letras acalentam-me

Trazem-me na dor, argumento.

Dor que dói

Dor que constrói

Um ponto no tempo

A transformar-me em herói.

Dor doída que dói...

DEUSANEGRA
Enviado por DEUSANEGRA em 08/11/2009
Código do texto: T1912703
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