Entre um gole e outro.

Fiz um poema sem palavras

Triste, seco como areias no deserto

Um poema que não fala de mim

Escrevi da garota que vejo em meu espelho

Que se perdeu no tempo, não se encontra

Fiz um poema sem graça

Sem vida, sem esperança, estúpido!

A tristeza me restaura, completamente

Traz uma bebida forte, quero esquecer-se de mim

Algo que me incendeie a garganta

Da mesma forme que incendiei minha vida

O tempo mudou e perdida me encontro

Em momentos me enche de esperanças

Outros, me completa de incertezas

Garganta adentra desse queimando

Um poema infeliz, como eu

Depressa, está me queimando por dentro

Manda outra, continuo triste, mais outra e outra

Nem o fogo que a bebida está causando em mim

Queima a tristeza que ainda permanece lá dentro

Fiz um poema sem palavras

Um poema que não fala de mim

Mas das mudanças do tempo

Poema que entre um gole e outro

Acaba em um ponto de interrogação

Daiane Garcia *eumesma

03 de Setembro de 2009

Daiane Garcia
Enviado por Daiane Garcia em 11/11/2009
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