RANCOR

Choro a minha dor

Afagando a minha,

Pelos cantos sem cantos.

Aos murmúrios dos dias,

Aos lamentos das noites,

Minha vida responde

Com sua toada muda.

Frias palavras ainda vibram

Nos áudios da desilusão.

O sórdido desengano,

Faceta da esperança,

Navega nas minhas procelas,

Com seu peculiar furor.

Mas há de naufragar

Na mansidão do meu desprezo.

cao souza
Enviado por cao souza em 15/11/2009
Código do texto: T1924067
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