PERDOEM-ME, AMIGOS!

PERDOEM-ME, AMIGOS!

Amigos, é o tempo, um ano se inicia!

Usemos nossas armas. Nossa poesia

é grande, não parece, mas não há quem vença.

Unamos nossas forças, unamos a crença.

Não pode ser assim o nosso belo mundo:

o ser humano um triste, um pobre vagabundo,

deitado nas calçadas das ricas cidades,

sem voz e sem razão, exposto às crueldades

do bicho mais feroz: do próprio, ele mesmo

transformado em problema, caminhando a esmo.

O que fazer, meu Deus? Dizei-me, eu ando aflito.

Ouví, Senhor meu Pai, do cume do infinito,

as preces deste Vosso humilde e pobre filho

também um pecador, também fora do trilho.

É Natal! Veio ao mundo nosso próprio Deus!

Luzes e cores, festas, vinhos, irmãos meus!

Logo em seguida, novo tempo se inicia.

Esperança de paz à luz da poesia.

Perdoem-me , amigos, pois algumas rosas

vermelhas, amarelas, brancas, perfumosas,

eu queria ofertar, das festas, aos burburinhos,

mas eu não poderei, feriram-me os espinhos.

Gilson Faustino Maia
Enviado por Gilson Faustino Maia em 16/12/2009
Código do texto: T1981973
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