A Dor é Menor Do Que Parece

Enquanto todos dormem

Faço da escuridão

A inspiração

Para escrever sobre você

A cada verso que se forma

Um choro amargo e inexplicável

Faz com que

As lágrimas escorram em meu rosto

Caindo em meu peito

E transformando em pedra meu coração

É um sentimento estranho

É quase uma depressão

Quando escrevo

Pareço estar preso

Numa floresta de rosas espinhosas

Tendo em cada espinho

Um veneno

Encontrado em cada pensamento de morte

Assim é impossível ter da vida

Calma e força

Vivo em dor

Tento se forte

A todo e a cada amanhecer

Tudo piora

Quando vejo o que eu faço

Não tendo efeito

Sinto que é loucura estar presente

Sinto a essência estranha

Do que é a morte

Todas aquelas roas

Com as quais me furei

Trago a você

Quero rasga-te

E ver o seu sangue manchar

Toda pureza

Que um dia

Eu vi em seu olhar

Quando eu conhecer a escuridão

A sua dor será no meio de tudo isso

Minha grande alegria

Você é a minha morte

A morte de minhas palavras

Alimente-se destas

Iguais a estas

Nunca mais haverá

Por quê?

Logo, logo a morte

Para mim chegará...

Henrique Aguiar
Enviado por Henrique Aguiar em 21/12/2009
Reeditado em 19/12/2010
Código do texto: T1988445
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