Noite de Aflição
Meus olhos choram na chuva
e meu coração se cala.
Vejo tanta gente sem fala
correndo atrás do que é nada.
Em tudo vejo grande terror
que me apavora nas horas solitárias.
Atrás do vento vão as promessas
jogadas sem nenhum significado.
Minhas mãos silenciosas procuram
um abrigo, um olhar, um afago.
Meu coração aperta e dispara
- quero você perto de mim.
Eu sei que esta noite foi aflitiva,
momento de grande clamor.
Mas perto da sua tristeza me achego
e entregarei meu consolo e amor.
São Paulo, 18 de janeiro de 2010.