Aonde está

I

Cruzas o vau

Olhas para mim

Não te afundas

Não me puxa

Não me conduz a teu amor

Por ser vivido

Tenho medo de amar

Por ter morrido

Sei que é difícil caminhar

Terra cruel

Castiga os teus filhos

Que se cansaram

De tanto caminhar

Somos errantes nesta terra em que Caim

Marco com sangue seu amor ao criador

Somos culpados

Culpados por aceitar

A injustiça

Tocar-nos

Mas meu amor

Aonde se esconde

Meu coração

Longe de tu parou

Lagrimas caem

Sorriso trancado

Nesta Terra de agonias

Onde reinar o ódio

A onde foi

Que se enterrou

O amor

Es que choro de joelho a tua imagem

Que já me foge

Mas luto em ficar

Coro gentil

Onde choras meu lamento

Não sou portador de fantasia

Sou vate

Minhas palavras são eternas

Posso morrer

Que ainda viverei

Canção tão triste que não para de tocar

A onde foi que eu pequei

Foi em amar

Ou será em me matar?

O meu amor aonde tu habita

Eu desejo logo lhe encontrar

Juras ao ar

Tantas eu joguei

Que eu mesmo

Conta-las não sei

Lagrimas caem

O silencio é desperto

Meu coração

Sei sente aperto

Sopra o vento

Fica o vazio

Uma lembrança

Sim estou só

Eu tão triste

Cujo único

E fraco pensamento

E o desgosto

De antes não lhe conhecer

Pasmo senhor

Que carrega tantas cruzes

Sem bens

Sofre de amor

Mas que a morte

É o ultimo consolo

Sinceros dias

Onde se escondeu

Tu prometeste

A verdade me amostrar

Ecos do abismo

Ouso lamurias de meu próprio fim

O que são meus versos

Diante a ti?

Coima aplica a mim

Foi de morrer para viver?

Ou de viver para amar?

II

Sou errante

Nesta terra de aflições

Onde minha culpa foi não amar

Minha senhora

Não me deixe

Não aqui

Sou um vate solitário

Em busca do amor

A tempestade

Vem é forte

Mas não me movo

Sou sólido como rocha

Mas me diga

Meu amor

O que são meus versos diante a você

O que sou eu diante a ti

O que sou eu sem você

Mas ai de mim!

Pos não sei qual fiquei sendo

Depois que há vi

Mas fuja destas armas

Que engatilhadas

Querem ferir nosso céu

Rompe o silencio

Destorce minha mente

Cântico de louvo

Quem é nosso senhor?

Queima meu amor

Tal como queima as chamas da lendária ave

Brilha meu amor

Tal como brilha a aurora

Refugia a mente

Em teus agrados

Repousa a alma

Em teus braços

Tolo senhor

Que me deixou

Mas para comigo

Não pecas

Mas para com vosso nome

Mas peca a meu amor

Dia vil

Noite charmosa

Luar tinhoso

Mas meus olhos vendados

Não pode ver tudo

Com mordaça a boca

Não terei muito a lhe dizer

Mas lembras

Você é meu amor

E dentre muitas

És a única

Que me tocou

Mas é triste saber que haverá um fim

Mas não terá um adeus

Mas sim um até logo

Amor cruel

Besta ao chão

Choros abafados

Senhor dos idolatrados

Es que vate sou perante a ti

Mas nada sou diante a muitos

Vênus meu amor

Declino o teu nome?

Mas para comigo

Vós pecastes

Tirando-me a essência

De amar de gostar

Peso muito em poder amar?

Peco em lhe clamar?

Mas sabes tu

Que comigo errou

Mas não me importo

Mas este vate

Não lê prestigiara

Marcado pela desilusão

Acompanhado pela solidão

YC Poeta Morto
Enviado por YC Poeta Morto em 30/07/2006
Código do texto: T205300