Inútil existir...

Eu vi, sangue escorrendo entre os dedos

Uma vida se esvaindo diante meus olhos

E nada, nada pude fazer, um músculo movimentar

A dor poder arrancar, daqueles olhos gotejantes

Que não quariam ver o real desespero do momento

Tudo se foi em poucos segundos, num lampejo, a repulsa

Num tormento o pesadelo crescente

E nada, nada pude fazer, nem as lágrimas secar

O homem, ser inerte, sorrateiro nos beirais da existência

Fujindo das vontades, se escondendo nas desculpas

E a vida se foi em meio ao sangue que manchava

A roupa, tingia a alma, dilacerava o coração...

E nada, nada puder fazer, inútil existir, esse o meu.

Grasielly Machado
Enviado por Grasielly Machado em 29/04/2010
Código do texto: T2227514
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2010. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.