SE...

Queria eu tirar do peito essa dor
E de pronto viajar num repente.
Na ilusão qualquer d'um amor,
Que não me deixasse quedar ausente.

Eu que via ondas bailarem como gente,
N'uma tarde com o sol a se por.
Sentia na pele o flamejar ardente,
Lampejos, brisa em inebriante torpor.

Quem dera se eu voar pudesse
E para onde ir, eu ao vento dissesse,
Sem rodeios, sem falsas ideias.

Quem dera se meus olhos não mais chorassem.
Que as estrelas só ao luar amassem.
Que eu apagasse da memória as misérias.
Eritania Brunoro
Enviado por Eritania Brunoro em 18/05/2010
Código do texto: T2265581
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