Anjo Negro.

Na morte o fracasso de partir sem seu abraço, da obscuridade apenas levo a luz do seu olhar para o outro lado da vida, solitário sem despedida cheio de agônia e râncor, por perder a poesia sem a inspiração do seu amor, veio então um anjo de asas negras para me levar, nas lágrimas de sangue que eu derramo do meu olhar, sem saber porque a vida me fez ser assim, ter um começo sem noção de onde

seria o fim,a cidade se calou quando o anjo escureceu o céu, apenas o gosto amargo do fel eu senti e parti, sem deixar rastros de quem fui ou de quem sou, pois no meio da escuridão sem lhe ver, meu coração te amou, ganhei como bônus o desprezo e a solidão, mas já sem me importar pois há muito deixei de ter um coração.

Por tanta tristeza, por tantos lamentos, a loucura em pensamentos, fui me afundando em um sentimento que antes seria de amor ou desilusão, tola desilusão, que tornou ódio, mediante a tanta dor nem mesmo o anjo negro foi capaz de me confortar, parti amando o mundo, sabendo que o mundo não pôde me amar, e o corpo sem vida, sem nenhuma despedida, desce a cova fria, fica apenas a alma sombria sem rumo sem casa, do anjo negro o conforto da asa, e recebendo um único adeus, das lágrimas de sangue, que escorreram antes de fechar os olhos meus.