Sem dor, sem luz

Só resta o nada do morto

A dor atravessou o corpo

Em direção ao vazio do infinito

reflexo intenso do nada que partiu

sem deixar dor, nem luz

num infinito que bloqueia os sentidos

Se sentisse dor, reagiria

Se visse a luz, seguiria

Mas o corpo morreu

No ser que partiu

Sem dor, sem luz

prefiro a solidão

das letras no espaço

do que acreditar de novo

no homem sem podridão

Sem dor, sem luz

fecho portas e janelas

e penetro no vazio de minha alma

Antoniella Devanier
Enviado por Antoniella Devanier em 08/09/2006
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