Retorno
Tenho uma tristeza
na alma
dolente, sufocante
tristeza da perda
da ausência, da morte.
Estou corroída
pelos ecos que gritam
minha dor num vaivém
constante que me atordoa.
Sinto o desespero
de passos sem direção
e de esperanças que
nunca terão retorno.
Vejo com os olhos
da solidão e não me
enxergo no espelho.
Para que eu voltasse
à vida seria necessário
revolver-me em argila
moldar-me em novo
espectro/aspecto.