Retorno

Tenho uma tristeza

na alma

dolente, sufocante

tristeza da perda

da ausência, da morte.

Estou corroída

pelos ecos que gritam

minha dor num vaivém

constante que me atordoa.

Sinto o desespero

de passos sem direção

e de esperanças que

nunca terão retorno.

Vejo com os olhos

da solidão e não me

enxergo no espelho.

Para que eu voltasse

à vida seria necessário

revolver-me em argila

moldar-me em novo

espectro/aspecto.

Marcia Barroca
Enviado por Marcia Barroca em 15/09/2006
Reeditado em 16/09/2006
Código do texto: T240747