NÃO EXISTO

De: Ysolda Cabral

 

 

 

No parapeito da janela,

Entre as cortinas e sob raios de Sol,

Vejo a minha pequena hortelã forte e bela.

Sinto até o cheiro dela!

 

No meu peito,

Ansiedade e saudade – além da gripe.

Me sinto frágil e triste.

 

Lá fora o dia está lindo,

Claro e tão nítido!

Me sinto um mito...

 

E, se assim for,

Tudo está finalmente esclarecido,

Definitivamente definido:

Eu, simplesmente, não existo.

Apaziguada comigo; assino.