A NOITE E A DOR
Quero a luz da noite fria,
Calar a minha dor íngreme.
Dissolver a minha feição sombria.
Que abala o meu coração solene.
Por que sou triste ?
Se com súplicas tenho implorado,
O amor no que que não vieste;
Ao menos calar o meu canto enamorado.
Quanta rebeldia tu tens feito,
Ao poeta triste e pensativo.
Causando-lhe grande dor no peito.
Se sou teu constante escravo,
Deixe-me te amar ao mensos um momento.
Para que eu morra em paz altiva,
E calar-me deste grande tormento.
A ânsia de alegria que dovora,
O poeta que vive sozinho.
Quero a benção antes que eu morra,
Para que paz eu levo em meu caminho.