UTOPIA
No vazio encontro palavras nunca ditas,
apenas geradas no coração das pessoas que por medo não as disseram e as largaram ao vento.
No silencio ouço lagrimas como a arrebentação de ondas nas pedras, é o choro das pessoas por dentro.
Fecho os olhos e vejo uma multidão que me cerca, que se esbarra e ainda se sentem sozinhas.
Abro os olhos e não vejo nada, apenas uma estrada que devo seguir.
O som das lágrimas agora é apenas o vento, antes diversas silenciosas palavras.
Se o que vejo não é o que sinto;
E o que sinto vem de fora e não de dentro;
A realidade se confunde a utopia e me perturba o pensamento!
Porque o real é formado pelos sonhos de tudo que queremos,
Mas pode ser destruído pela realidade que nos priva nos condenando a espera da misericórdia do tempo... o esquecimento!
Finjo que o que sinto, não vem de dentro;
que o que vejo, não é real;
Faço das oportunidades meus sonhos...
E igualmente a muitos escondo meus sentimentos porque não quero essa tal misericórdia do tempo...
Prefiro o martírio do meu coração afogando-se nas lagrimas das lembranças até o fim da vida,
Que morte prematura dos meus sentimentos!