A sombra das lembranças

Na sombra das lembranças me sinto só,

E a companhia da tristeza me completa o pesar.

Veste-me a noite fria em calorosas saudades...

As estrelas ao meu olhar se turvam neste meu infindo mar,

Que se revolta e arrebenta no peito batendo contra as pedras desse duro amor!

Esfaqueia-me a cada dia fazendo-me sangrar...

Não mata, ironicamente traz – me a vida;

Essa é a contradição do amar.

Ando, ando e me perseguem os momentos passados!

Mente atroz que não me alivia a carga das horas que parecem pairar.

Não lhe vejo, mas lhe tenho comigo nesses alguns momentos apenas que os mantenho vivos pelos inúmeros versos que escrevo.

Dom não solicitado, mas a mim pela vida doado, para me fazer suportar...

Sigo o destino com repudio!

As palavras me mantêm no caminho a muito sonhado.

Como ar que eu respiro deixado por você,

continuarei a manter as lembranças vivas nos versos que escrevo.

Se eu não mais escrever...

Esteja certo que enfim de tudo descanso!

Liana Lyma
Enviado por Liana Lyma em 22/09/2010
Código do texto: T2513595
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