A sombra das lembranças
Na sombra das lembranças me sinto só,
E a companhia da tristeza me completa o pesar.
Veste-me a noite fria em calorosas saudades...
As estrelas ao meu olhar se turvam neste meu infindo mar,
Que se revolta e arrebenta no peito batendo contra as pedras desse duro amor!
Esfaqueia-me a cada dia fazendo-me sangrar...
Não mata, ironicamente traz – me a vida;
Essa é a contradição do amar.
Ando, ando e me perseguem os momentos passados!
Mente atroz que não me alivia a carga das horas que parecem pairar.
Não lhe vejo, mas lhe tenho comigo nesses alguns momentos apenas que os mantenho vivos pelos inúmeros versos que escrevo.
Dom não solicitado, mas a mim pela vida doado, para me fazer suportar...
Sigo o destino com repudio!
As palavras me mantêm no caminho a muito sonhado.
Como ar que eu respiro deixado por você,
continuarei a manter as lembranças vivas nos versos que escrevo.
Se eu não mais escrever...
Esteja certo que enfim de tudo descanso!